GRANDES ÍDOLOS
(Procurei
relacionar alguns dos meus ídolos vascaínos. A
história traduz o que na verdade foram e
representarão para sempre na história do clube)
- click no nome do atleta para ver sua imagem.
ADÃO ANTONIO BRANDÃO
No dia 3 de maio
de 1916, o português Adão Antônio marcou o
primeiro gol do time de futebol do Vasco da
Gama. O tento aconteceu na derrota por 10 a 1
para o Paladino FC, na estréia do time vascaíno
na 3ª divisão do Campeonato Carioca da Liga
Metropolitana de Desportos Terrestres. O
jogador, que se destacou dentro do clube por
também atuar em esportes como natação, remo e
atletismo, esteve nos gramados até 1933, ano em
que o esporte se profissionalizou.
ADEMIR DE MENEZES
Ademir Marques de
Menezes, o “Queixada”, fez história no Vasco.
Foram doze anos de gols e glórias. O ex-atacante
estreou no time em 1942. Nesse meio tempo Ademir
se ausentou de São Januário por duas temporadas,
em 1946-1947. Depois de retornar, marcou gols
importantes e decisivos, e dessa forma, o
ofensivo ajudou a conquistar um dos mais
impactantes títulos cruzmaltinos: o campeonato
sul-americano de 1948.
O vascaíno também
jogou a Copa do Mundo de 50, onde foi artilheiro
da competição com nove gols marcados. Em 1952
alcançou seu último título pelo clube da cruz de
malta, o campeonato carioca. Ademir foi um dos
mais extraordinários artilheiros de todos os
tempos no futebol mundial. O termo
ponta-de-lança surgiu em função do seu estilo de
jogo. Sua versatilidade em jogar em qualquer
setor do ataque e suas arrancadas habilidosas
sempre deram muito dor de cabeça aos treinadores
adversários. Os oponentes da época se viam
obrigados a adotarem novos sistemas para tentar
conter o matador Queixada.
ALCIR PORTELLA
Alcir Pinto
Portella teve trajetória muito marcante no
Vasco. Foi o único vascaíno a participar dos
quatro títulos brasileiros pelo Gigante da
Colina. Em 1974, como jogador, em 89, 97 e 2000,
como auxiliar técnico. Além disso, Alcir foi o
quarto jogador com o maior número de partidas
disputadas pelo Clube da Colina: foram 511
jogos. O cabeça-de-área usou a faixa de capitão
do time cruzmaltino durante dez anos, e
mostrando toda sua lealdade e aplicação em campo
o atleta nunca foi expulso de uma partida. Hoje,
a concentração do time de juniores, em São
Januario, recebe o nome desse grande ídolo em
homenagem aos serviços prestados ao Clube.
ANDRADA
O goleiro
argentino Andrada fez história no Vasco por suas
defesas milagrosas, que evidenciavam o reflexo e
a colocação do arqueiro. De 1969 até 1975,
Edgard Norberto Andrada defendeu a baliza
vascaína, e se destacou nas conquistas do
campeonato carioca de 1970 e no Brasileirão de
74. Era sempre aclamado pelos torcedores
cruzmaltinos nas partidas. Vale lembrar que, em
função de suas defesas inacreditáveis, e com
perfeitas reposições de bola, o goleiro
conquistou um prêmio individual. A Bola de
Prata, concedida pela revista Placar, no ano de
1971.
BARBOSA
Moacir Barbosa
Nascimento esteve no Vasco em dois períodos. De
1945 até 1955, foi em sua primeira passagem, e
de 1958 até 1960, teve sua segunda aparição em
São Januário. Barbosa nasceu em Campinas, e
começou sua carreira em 1940 jogando como ponta
esquerda no extinto Comercial da Capital, mas
seguiu dois anos após, já como goleiro, para o
Ypiranga de São Paulo. Em 1945 o goleiro chegou
ao Vasco. Vale lembrar que o ídolo ingressou no
time principal vascaíno em função de uma
curiosidade. O goleiro Rodrigues que era o
titular da posição na época, abandonou o futebol
após ganhar na Loteria Mineira. O jogador ajudou
a conquistar o título invicto do carioca de 45,
e logo depois encerrou seu ciclo na Colina e no
esporte. Tal período também foi importante por
ser um momento muito especial na história do
clube até hoje. Naquela ocasião estava sendo
formado um dos maiores times de todos os tempos,
o ‘’Expresso da Vitória’’.
Pelo Gigante da
Colina Barbosa conquistou, entre 1945 e 1958,
seis vezes o título carioca. Seu grande momento
foi durante a conquista do 1º Sul-Americano de
Clubes, onde na ocasião a equipe vascaína venceu
de forma invicta. No último jogo da competição
contra o River Plate (ARG), o goleiro teve
grande atuação, mantendo o placar em 0 a 0 que
deu o título ao Vasco. Jogando pela seleção o
goleiro conquistou a Copa Roca, de 1945, duas
vezes a Copa Rio Branco, nos anos de 1947 e
1950, além da Copa América de 1949. Mas todos
esses títulos não foram capazes de livrar
Barbosa de uma das maiores injustiças do futebol
mundial. Na final da Copa do Mundo de 1950, o
Brasil precisava apenas empatar com o Uruguai,
mas acabou perdendo por 2 a 1 em pleno Maracanã,
com isso Barbosa foi um dos mais criticados, e
citado como o principal responsável pela
derrota.
Em 1962, o
arqueiro encerrou sua carreira, atuando pela
equipe do Campo Grande. É de suma importância
destacar que Barbosa, depois de ter alcançado a
importante marca de mais de 400 jogos pelo
Gigante da Colina, se tornou um dos jogadores
que mais jogaram pelo Vasco.
AUGUSTO E RAFAGNELLI
De 1947 até 1952,
a retaguarda vascaína era muito bem composta por
um setor defensivo invejável. Em função do
sucesso que alguns jogadores da posição
obtiveram, resolvemos criar um tópico à parte
para destacar o poder de três representantes
dessa linha. De 1945 a meados de 1948, debaixo
das balizas estava Barbosa, e no miolo de zaga,
os defensores Augusto da Costa e Ramón Roque
Rafagnelli. O "trio final" do Vasco nessa época
talvez tenha sido um dos melhores daquele
período.
Em 1948,
Rafagnelli, que já estava no Vasco desde 1943,
foi negociado ao Bangu. Augusto chegou em 1945,
e formou com defensor argentino a dupla titular
de zagueiros da equipe. A primeira vez que o
trio atuou junto foi em 23 de maio de 1945,
amistoso São Paulo 2x2 Vasco, no Pacaembu, e só
foi se consolidar de fato, quando Barbosa
tornou-se titular absoluto no início de 1946.
Os dois jogadores
brasileiros, que formavam essa linha, também
estiveram representando a seleção nacional na
Copa de 1950 onde o Brasil se sagrou
vice-campeão mundial. Já Rafagnelli não
representou o time de seu país.
Após faturar
títulos cariocas de 1945 e 1947, e o
Sul-Americano de clubes, em 1948, os
remanescentes do trio, Barbosa e Augusto,
encerraram os passos dessa magnífica linha
defensiva em 52. Os vascaínos ainda conquistaram
novamente o título regional daquela temporada.
BELLINI
De estatura
elevada, o zagueiro era marcante em campo pela
sua virilidade, seriedade, competência e
disciplina em campo. Seus traços de bravura
deram origem a uma estátua, que hoje está
presente em uma das entradas do Maracanã. Um dos
ícones da história da seleção brasileira,
Hideraldo Luiz Bellini foi o capitão da seleção
de 58 - que também contava com Orlando Peçanha
no miolo de zaga – e levantou o caneco da Taça
Jules Rimet pela primeira vez para o Brasil. No
Vasco, clube no qual jogou e se destacou de 1952
a 1962, o capitão conquistou os campeonatos
cariocas de 1952, 1956 e 1958 e o Torneio
Rio-São Paulo de 1958.
BRILHANTE E ITÁLIA
Foi uma
sensacional dupla de zagueiros, que ao lado de
Jaguaré, formavam um belo grupo de contenção à
baliza do Vasco.
Capitão vascaíno
em muitas ocasiões e zagueiro titular da seleção
na Copa de 1930, esses foram alguns marcos na
carreira de Luis Gervazoni, o Itália. O jogador
conquistou pelo time da Colina o Campeonato
Carioca de 1929, 1934 e 1936. Além de alcançar o
caneco da Copa Rio Branco, em 1932, pela seleção
brasileira. Teve outro destaque na sua
trajetória: foi o primeiro atleta profissional a
se aposentar no Brasil.
Já Alfredo
Brilhante da Costa foi trazido para disputar o
campeonato carioca de 1924. Depois de jogar como
médio, o jogador se destacou mesmo foi zaga. E
de lá não saiu mais. Foi convocado para
representar o Brasil na Copa de 1930, sendo
titular do time e reeditando a dupla vitoriosa
do time campeão carioca de 1929.
BRITO
Faz parte do grupo
dos grandes zagueiros que estiveram no Vasco.
Após a saída de Bellini, o então menino Hércules
Brito Ruas, que acabara de sair das categorias
de base, recebeu sua chance na equipe
profissional. Na década de 60, quando o time
cruzmaltino se encontrava sem grandes nomes,
Brito assumiu esse papel de destaque, sendo
capitão do time. Ótimo na marcação e com um
vigor físico fora do comum, o xerife da zaga
vascaína foi convocado para a seleção do Brasil
em 1964. Em sua primeira oportunidade defendendo
os brasileiros, Brito disputou a Taça das
Nações. Após isso, continuou a ser peça habitual
na lista de relacionados para o time brasileiro.
O prata da casa, que encerrou seu ciclo no Vasco
em 69, permaneceu com vaga praticamente certa na
equipe brasileira até 1972. Vale lembrar que o
defensor foi titular absoluto na seleção
brasileira tricampeã do mundo em 1970, meses
após deixar o clube que o projetou.
CARLOS GERMANO
Carlos Germano
Schwambach foi o segundo jogador que mais atuou
pelo Vasco. Em 632 partidas o goleiro sempre
mostrou muito amor e fidelidade à camisa
vascaína. Oriundo das categorias de base do
Clube, o arqueiro jogou no time profissional
cruzmaltino de 1991 até 1999. O jogador sempre
possuiu grande destaque no futebol nacional, e
era cotado nas convocações para a seleção
brasileira. Em 1997 realizou “milagres” no
Campeonato Brasileiro no qual sagrou-se Campeão.
Ao longo da competição o goleiro esbanjou
elasticidade, técnica e liderança. Isso fez com
que o atleta chegasse ao grupo que representou o
Brasil na Copa de 1998 da França.
CHICO
Ponta-esquerda de
muita velocidade, valente e detentor de ótima
visão de jogo. Francisco Aramburu era dono da
camisa 11 do Expresso da Vitória, e teve ótima
participação nas conquistas daquele elenco
vitorioso. Na seleção, compôs o grupo vascaíno
que formava a espinha dorsal da equipe
brasileira, na Copa de 1950.
CORONEL
O lateral-esquerdo
teve sua trajetória marcada na Colina no período
de 1955 a 1962. Antônio Evanil da Silva se
destacava por ser um jogador de raça e
virilidade. Em muitas vezes honrou a camisa
cruzmaltina em combates pessoais em seu setor.
Garrincha, por exemplo, foi um dos craques que
Coronel teve que neutralizar. Em 1956, ao lado
do saudoso Pinga, conquistou o Carioca. Após
mostrar muita eficiência e bom futebol pelo
Gigante da Colina ao longo dos anos, na
temporada de 1959, o vascaíno disputou o
Campeonato Sul-americano pela seleção
brasileira. Coronel ficou marcado, acima de
tudo, por evidenciar seu amor ao clube de São
Januário, se entregando nas partidas e fazendo
questão de sempre expor seu sentimento.
DOMINGOS DA GUIA
Domingo Antônio da
Guia iniciou sua carreira no Bangu, teve rápida
passagem pelo Vasco em 1932. Foi jogar no
Nacional (URU), onde ganhou o apelido de “El
Divino Mestre”, no ano seguinte. Porém, no
início da temporada posterior, retornou ao Clube
da Colina. O zagueiro, considerado o melhor da
posição de todos os tempos no futebol
brasileiro, conquistou o campeonato carioca de
1934 pelo cruzmaltino.
EDMUNDO
O atacante fez
questão de transparecer seu sentimento vascaíno
em todos os seus momentos como jogador de
futebol. Sem dúvidas, está entre os seletos
ídolos da história do Vasco. Mesmo quando não
estava atuando pelo clube da Colina, Edmundo
Alves de Souza Neto deixava claro o seu amor
pelo time, evidenciando que fazia parte da massa
de torcedores cruzmaltinos. Iniciou sua
trajetória em 1992, depois de ter se destacado
nas categorias de base de São Januário. Logo em
seu primeiro ano como profissional foi
considerado o melhor jogador do campeonato
carioca, após o Vasco ter faturado a competição
de forma invicta.
Depois de passar
por Palmeiras e outros clubes, retornou ao Vasco
em 1996, depois de três anos distante. Logo no
ano seguinte o jogador foi considerado o melhor
do Campeonato Brasileiro. Quebrou o recorde de
Reinaldo, ex-atacante do Atlético-MG, e
totalizou 29 gols marcados na competição
nacional. O histórico vigésimo nono gol surgiu
justamente contra o maior rival Flamengo. Se já
não bastasse ter sido arrasado por 4 a 1, o
rubro-negro ainda ficou marcado no gol de número
29 do artilheiro. Após o título de 97, o
atacante se transferiu para a Fiorentina (ITA).
Ainda retornou para São Januário em três
oportunidades diferentes: em 1999, 2003 e 2008.
Sempre demonstrando sua forte ligação com o
clube cruzmaltino, o “Animal” sempre morou no
coração dos vascaínos.
ELI, DANILO E JORGE
A linha média mais
famosa do futebol brasileiro, envergou a
gloriosa camisa cruzmaltina nas conquistas do
Expresso da Vitória. Ely do Amparo era um
jogador valente, com muito vigor físico e
disciplinado. O chamado “Xerife” era um dos
grandes líderes do Expresso e da seleção
brasileira nos anos 40 e 50. Já Danilo Faria
Alvim, que também era chamado de “Príncipe
Danilo”, era detentor de técnica ímpar, passes
milimétricos e dribles curtos. Enquanto Jorge
Dias Sacramento completava essa linha, com muita
aplicação tática e afinco, tanto defensivamente
como ofensivamente. Jogando junto o trio médio
conquistou o Carioca de 1947, 1949/50, e 1952.
Além do título histórico do Campeonato
Sul-Americano de clubes, em 1948.
FRIAÇA
O atacante que
possuía polivalência, pois atuava em todos os
setores ofensivos, também se caracterizava pela
agilidade, rapidez e exatidão em suas
finalizações. É um dos maiores artilheiros da
história do Vasco. Juntando suas três passagens
pelo clube, dedicou onze anos de sua carreira ao
time de São Januário. Atuou também na seleção
brasileira, entre 1947 e 1952, jogando de
ponta-direita. Foi vice-campeão mundial em 50 e
campeão pan-americano de 52.
Depois de entrar
em campo pelo Expressinho por três anos - esse
era o nome dado ao time misto do Vasco, que
realizava amistosos pelo Brasil na época – o
craque finalmente atuou no time principal em
1947. Após conquistar o seu espaço na equipe,
Albino Friaça Cardoso faturou o Torneio
Municipal de 1946 e 1947, o Torneio Relâmpago de
1946, o Campeonato Carioca de 1947, invicto, e o
Campeonato Sul-Americano de Clubes de 1948,
também invicto. Saiu para o futebol paulista em
1949, e só voltou em 1951. Logo no ano seguinte
ao da sua volta, o vascaíno conquistou o
campeonato carioca. Após a conquista, teve um
breve empréstimo, retornou a Colina em meados
53. Foi com a camisa cruzmaltina que o ídolo
encerrou sua carreira na temporada posterior.
IPOJUCAN
O atacante de 1,90
era habilidoso e criativo. Se utilizando bem das
jogadas de efeito sempre, o jogador foi diversas
vezes peça importante para gols vascaínos. De
1944 a 1953, Ipojucan Lins de Araújo esbanjava
lançamentos inteligentes e passes certeiros.
Ajudou intensamente na conquista do campeonato
estadual de 1950, dando um passe brilhante para
Ademir marcar o gol que garantiu a vitória.
Também integrou a seleção brasileira em algumas
oportunidades.
JAGUARÉ
O lendário goleiro
esteve no Vasco de 1928 a 1931 e depois, em
1933. Jaguaré Bezerra de Vasconcelos foi
estivador no cais do porto, antes de ser levado
para um teste em São Januário e conseguir uma
vaga no Clube como jogador. O humilde arqueiro
acabou com o treino que serviu como avaliação
para seu ingresso na Colina. A partir daí o
ídolo só cresceu. No mesmo ano, além de entrar
para o time vascaíno, também conquistou vaga na
seleção brasileira. Em 1929 conquistou o
campeonato carioca.
O goleiro ficou
marcado por jogadas marcantes e folclóricas.
Costumava rodar a bola na ponta do indicador
após cada defesa, e em muitas das vezes o fazia
com uma só mão, inclusive nos pênaltis, segundo
alguns historiadores do futebol. Levantava a
torcida em São Januário quando realizava uma
defesa, e logo após jogava, de surpresa, a bola
contra a cabeça do atacante adversário e a
agarrava novamente.
Depois de ter uma
passagem vitoriosa pela Europa, atuando no
Barcelona (ESP) e no Olympique (FRA), o atleta
que nasceu em 1905, retornou a São Januário.
Nessa sua nova passagem Jaguaré começou a usar
luvas, o que seria um fato que motivou outros
vários jogadores da posição a aderirem à
utilização das mesmas no Brasil.
JUNINHO PERNAMBUCANO
Antônio Augusto
Ribeiro Reis Júnior, o Juninho Pernambucano,
chegou à Colina em 1995. Logo em seu primeiro
ano em São Januário o meio-campo brilhou e
chamou a atenção da comissão técnica e
torcedores. Especialista em cobranças de falta,
o jogador também tinha o passe e o drible como
virtudes.
Esteve presente em
todas as grandes conquistas recentes dos
vascaínos. De 1997 até 2000, o meia conquistou
vários títulos. Dois títulos que o atleta foi
peça decisiva, por exemplo, foram os canecos da
Taça Libertadores da América, em 1998 (Juninho
fez um gol histórico contra o River Plate no
Estádio Monumental de Núñez em Buenos Aires,
pelo segundo jogo da semifinal do campeonato) e
da Copa Mercosul, em 2000, quando o jogador
segurava com bravura a cruz de malta e beijava-a
no apito final da partida decisiva contra o
Palmeiras (na virada do século, por 4 a 3, em
pleno Palestra Itália).
Não é à toa que o
apelido de “Reizinho da Colina” foi dado a
Juninho. O meio-campo sempre se identificou com
o Clube e jogou com raça. Até os dias de hoje,
são entoados gritos da torcida que relembram o
jogador.
LEÔNIDAS
O “Homem de
Borracha”, como ficou conhecido em virtude de
sua flexibilidade, brilhou no Vasco no ano de
1934. O Clube cruzmaltino trouxe Leônidas de
volta ao Brasil depois de um período no futebol
uruguaio. Neste mesmo ano que foi contratado, o
histórico atacante conquistou o campeonato
estadual. Convocado para a Copa do Mundo de 34,
o artilheiro teve que se desligar como
profissional do clube. Isso ocorreu em função da
exigência da CBD, que só aceitava atletas
amadores.
MAURO GALVÃO
Chegou ao Vasco já
aos 35 anos, mas com ótimo vigor físico, classe
e espírito de liderança. O zagueiro e capitão da
equipe foi contratado em 1997 e permaneceu no
Clube até 2000. Durante esse tempo o lendário
defensor levantou canecos com o da Libertadores,
em 1998, no Ano do Centenário, do Campeonato
Estadual do mesmo ano (onde o zagueiro fez o gol
do título nos minutos finais da partida) e do
Torneio Rio-SP de 1999. Também esteve presente
nas conquistas da Mercosul e do Brasileirão,
ambas em 2000.
Em 1998, já com 36
anos, Mauro Geraldo Galvão era muito cogitado
para ir à Copa do Mundo, pois era o melhor
zagueiro brasileiro em atividade. Porém,
alegando sua idade, a seleção não o levou para a
competição mundial.
MAZAROPI
Geraldo Pereira de
Matos Filho, mais conhecido como Mazaropi, foi
um goleiro que fez história no Gigante da
Colina. O arqueiro recebeu esse apelido ao
chegar com suas roupas simples ao treino,
lembrando o famoso humorista da época. O goleiro
chegou ao Vasco no ano de 1970 para jogar pelas
categorias de base do clube e começou a ficar na
reserva de Andrada em 1973. Participou do grupo
que foi campeão brasileiro em 1974, em algumas
situações o jogador esteve no banco de
suplentes. Tornou-se titular com a saída de
Andrada em 1975. Dois anos mais tarde voltou a
ser campeão, conquistando o título carioca de
1977. Em 1979, o goleiro foi emprestado ao
Coritiba por uma temporada, no pouco tempo pelo
time paranaense conquistou o campeonato
estadual. No ano seguinte retornou ao Vasco, por
onde permaneceu até o início de 1983, sendo
campeão carioca novamente em 1982.
Mazaropi entrou no
hall dos recordes como o goleiro que ficou mais
tempo sem sofrer gols até hoje. Conseguiu
atingir essa marca entre os anos de 1977 e 1978,
quando na ocasião permaneceu 1816 minutos sem
ver sua rede balançar.
PASCHOAL
O ponta-direita
brilhou no primeiro título do Vasco, na primeira
divisão do futebol carioca, em 1923. Sua
primeira partida defendendo o Gigante foi contra
a Seleção da Marinha, e Paschoal Silva Cinelli
marcou o único gol do confronto. O “Trem de
Luxo”, apelido que recebera em função de sua
rara velocidade, foi dono da posição no time por
dez anos, além de também atuar na seleção
carioca e brasileira. Em virtude de uma
complicada lesão, o ídolo teve que encerrar sua
carreira prematuramente, por volta de 1933.
PINGA
O atacante marcou
época no Vasco no período de 1953 a 1962. Depois
de ter seu passe valorizado, em virtude de
ótimas atuações na seleção paulista e na
Portuguesa de Desportos no ano de 52, e de
participar do grupo que se sagrou vice-campeão
sul-americano, pela Seleção, o canhoto surgiu em
São Januário. Tal transferência foi de grande
destaque no Brasil, por seu elevado
investimento.
Pinga não
decepcionou. Logo no início de sua trajetória
cruzmaltina, conquistou o Torneio Octagonal
Rivadávia Correia Meyer. O jogador marcou os
dois gols que deram o título para o elenco
vascaíno, na vitória de 2 a 1 sobre o São Paulo.
No ano de 1954, Pinga foi à Copa do Mundo da
Suíça.
Em 1956 o atleta
vive uma nova fase. Remanejado pelo técnico do
Vasco, Martim Francisco, o canhoto passou a
atuar na ponta esquerda. O Vasco neste ano
faturou o título carioca, e realizou uma
bem-sucedida excursão à Europa, em 57. Por lá os
vascaínos conquistaram a Taça Tereza Herrera e o
Torneio de Paris. No ano seguinte, o jogador
continuou a alcançar títulos nacionais. Ajudou o
Vasco a conquista o Campeonato Estadual, sendo
artilheiro do time, e o Torneio Rio-São Paulo da
mesma temporada. No total, José Lázaro Robles
balançou as redes adversárias 250 vezes. Naquela
época, era o segundo maior artilheiro da
história do Gigante da Colina, ficando atrás de
Ademir.
ROMÁRIO
Revelado nas
categorias de base do Vasco, o atacante surgiu
no time profissional em 1985 O “Baixinho” teve
quatro passagens pelo time de São Januário.
Além dos títulos que conquistou vestindo a
camisa cruzmaltina, a história de Romário de
Souza Faria ainda tem um ponto especial: o gol
mil foi marcado em São Januário no dia 20 de
maio de 2007, contra o Sport.
Após cruzamento do
lateral-direito Thiago Maciel, o zagueiro do
time pernambucano, Durval, botou a mão na bola
dentro da grande área. Giuliano Bozzano apitou a
infração e sinalizou para dentro da área da
equipe de Recife. A Colina ficou inflamada com a
marcação da penalidade! Todos no estádio sabiam
que um fato histórico para o futebol mundial
estava para acontecer. Com a classe e frieza já
habituais, o baixinho converteu o pênalti,
tirando a bola do alcance de Magrão.
Nada mais justo
com a história do clube e do gênio da grande
área, afinal a maioria dos gols do camisa 11
saiu pelo time vascaíno. Foram 324 vezes que
Romário balançou a rede adversária atuando pelo
Gigante da Colina. Em 1994, participou da
conquista da Copa do Mundo pela seleção
brasileira e foi escolhido o melhor jogador do
mundo pela FIFA. Romário conquistou o Campeonato
Carioca de 1987 e 1988, o Brasileiro de 2000 e a
Copa Mercosul , do mesmo ano, pelo Gigante da
Colina.
ROBERTO DINAMITE
O jogador que
surgiu para o futebol dando fortes chutes para o
gol adversário, teve uma bonita trajetória
dentro de São Januário e é um dos maiores ídolos
do clube até hoje, senão o mais importante deles
. Carlos Roberto de Oliveira foi o atleta que
mais atuou pelo time de futebol do Vasco.
Dinamite fez 644 gols pela equipe profissional
do Vasco em 955 jogos.
Roberto fez sua
primeira como profissional em 1971, com 17 anos,
diante da equipe do Bahia. O jogador encerrou
seu ciclo no Gigante da Colina aos 39 anos, no
ano de 1993, em um confronto amistoso diante do
La Coruña (ESP).
Os números do
ídolo transparecem por si só o destaque de seus
feitos pelo Clube.
RUSSINHO
O centroavante
louro, franzino, esguio e veloz, era jogador de
uma classe ímpar. Foi atacante da primeira
grande equipe vitoriosa do Vasco. Em 1929,
Moacyr Siqueira de Queiroz marcou três gols na
final memorável contra o América, que saiu
derrotado por 5 a 0. Nesse mesmo campeonato, e
no carioca de 1931, Russinho foi artilheiro.
Porém, entre essas duas conquistas, em 1930, o
atleta alcançou uma vaga na primeira Copa do
Mundo, além de ser considerado o melhor jogador
do Brasil nessa mesma época, em um concurso
promovido por uma marca de cigarros.
SABARÁ
O incansável
ponta-direita defendeu a Cruz de Malta durante
doze anos. Era eficiente jogando ofensivamente,
ou na parte defensiva. Era do tipo de jogador
que se entregava em campo, e que tinha
identificação com a torcida vascaína. No período
de 1952 até 1964, Onofre Anacleto de Souza
entoou gritos que explicitavam sua garra como
por exemplo: “Suas mulherzinhas, como é que
deixam aquele pequenininho (Babá do Flamengo)
cabecear na frente de vocês?”
TINOCO, FAUSTO E MOLA
A linha média
campeã do campeonato carioca de 1929, merece o
destaque que possui na história do Vasco.
Alfredo Tinoco, Fausto dos Santos e Sebastião
Paiva Gomes participaram do título estadual de
1934, e além disso, também conseguiram o feito
histórico no clássico entre Vasco e Flamengo: a
maior goleada do confronto, que foi 7 a 0 para
os cruzmaltinos. Fausto, talvez o jogador mais
clássico dessa linha média, também teve grande
notoriedade em 1930, quando representou o Brasil
com atuações de gala. Em função de seu
desempenho nos jogos conquistou o apelido de
“Maravilha Negra”. Com liderança dentro de
campo, passes longos e controle de bola
excelente o médio também fez história na
seleção.
TOSTÃO
Um dos jogadores
que formou o trio de ataque da seleção tricampeã
mundial em 1970, Eduardo Gonçalves de Andrade, o
Tostão, esteve no Vasco em 72 e 73. Veio para o
elenco vascaíno em uma transação com o Cruzeiro.
Na época, foi a maior transação envolvendo
clubes brasileiros. O atacante mal pode se
apresentar pelo Gigante, por mais que tenha
vindo com status de ídolo (viria para afastar
uma fase fraca do time), o tricampeão da Copa
teve que encerrar sua carreira prematuramente,
em 1974, em função de um problema de vista.
VAVÁ
Com um estilo que
aliava técnica à valentia, o atacante fez o gol
que deu o título carioca ao Vasco, em 1952.
Outro campeonato carioca, dessa vez em 1956, o
caneco foi conquistado na penúltima rodada, e o
tento decisivo foi novamente de Edwaldo Isídio
Neto. Pelo time vascaíno, Vavá ainda conquistou
o Torneio Rio-SP de 1958. Nesse mesmo ano, o
atacante chegou à seleção brasileira e
conquistou a Copa do Mundo, na Suécia. Em 1962,
o ídolo também participou efetivamente do
bicampeonato mundial.
Fonte:crvascodagama