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GRANDES ÍDOLOS

(Procurei relacionar alguns dos meus ídolos vascaínos. A história traduz o que na verdade foram e representarão para sempre na história do clube) - click no nome do atleta para ver sua imagem.

 

 

ADÃO ANTONIO BRANDÃO

No dia 3 de maio de 1916, o português Adão Antônio marcou o primeiro gol do time de futebol do Vasco da Gama. O tento aconteceu na derrota por 10 a 1 para o Paladino FC, na estréia do time vascaíno na 3ª divisão do Campeonato Carioca da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres. O jogador, que se destacou dentro do clube por também atuar em esportes como natação, remo e atletismo, esteve nos gramados até 1933, ano em que o esporte se profissionalizou.

 

 

ADEMIR DE MENEZES

Ademir Marques de Menezes, o “Queixada”, fez história no Vasco. Foram doze anos de gols e glórias. O ex-atacante estreou no time em 1942. Nesse meio tempo Ademir se ausentou de São Januário por duas temporadas, em 1946-1947. Depois de retornar, marcou gols importantes e decisivos, e dessa forma, o ofensivo ajudou a conquistar um dos mais impactantes títulos cruzmaltinos: o campeonato sul-americano de 1948.

 

O vascaíno também jogou a Copa do Mundo de 50, onde foi artilheiro da competição com nove gols marcados. Em 1952 alcançou seu último título pelo clube da cruz de malta, o campeonato carioca. Ademir foi um dos mais extraordinários artilheiros de todos os tempos no futebol mundial. O termo ponta-de-lança surgiu em função do seu estilo de jogo. Sua versatilidade em jogar em qualquer setor do ataque e suas arrancadas habilidosas sempre deram muito dor de cabeça aos treinadores adversários. Os oponentes da época se viam obrigados a adotarem novos sistemas para tentar conter o matador Queixada.

 

 

ALCIR PORTELLA

Alcir Pinto Portella teve trajetória muito marcante no Vasco. Foi o único vascaíno a participar dos quatro títulos brasileiros pelo Gigante da Colina. Em 1974, como jogador, em 89, 97 e 2000, como auxiliar técnico. Além disso, Alcir foi o quarto jogador com o maior número de partidas disputadas pelo Clube da Colina: foram 511 jogos. O cabeça-de-área usou a faixa de capitão do time cruzmaltino durante dez anos, e mostrando toda sua lealdade e aplicação em campo o atleta nunca foi expulso de uma partida. Hoje, a concentração do time de juniores, em São Januario, recebe o nome desse grande ídolo em homenagem aos serviços prestados ao Clube.

 

 

ANDRADA

O goleiro argentino Andrada fez história no Vasco por suas defesas milagrosas, que evidenciavam o reflexo e a colocação do arqueiro. De 1969 até 1975, Edgard Norberto Andrada defendeu a baliza vascaína, e se destacou nas conquistas do campeonato carioca de 1970 e no Brasileirão de 74. Era sempre aclamado pelos torcedores cruzmaltinos nas partidas. Vale lembrar que, em função de suas defesas inacreditáveis, e com perfeitas reposições de bola, o goleiro conquistou um prêmio individual. A Bola de Prata, concedida pela revista Placar, no ano de 1971.

 

 

BARBOSA

Moacir Barbosa Nascimento esteve no Vasco em dois períodos. De 1945 até 1955, foi em sua primeira passagem, e de 1958 até 1960, teve sua segunda aparição em São Januário. Barbosa nasceu em Campinas, e começou sua carreira em 1940 jogando como ponta esquerda no extinto Comercial da Capital, mas seguiu dois anos após, já como goleiro, para o Ypiranga de São Paulo. Em 1945 o goleiro chegou ao Vasco. Vale lembrar que o ídolo ingressou no time principal vascaíno em função de uma curiosidade. O goleiro Rodrigues que era o titular da posição na época, abandonou o futebol após ganhar na Loteria Mineira. O jogador ajudou a conquistar o título invicto do carioca de 45, e logo depois encerrou seu ciclo na Colina e no esporte. Tal período também foi importante por ser um momento muito especial na história do clube até hoje. Naquela ocasião estava sendo formado um dos maiores times de todos os tempos, o ‘’Expresso da Vitória’’.

 

Pelo Gigante da Colina Barbosa conquistou, entre 1945 e 1958, seis vezes o título carioca. Seu grande momento foi durante a conquista do 1º Sul-Americano de Clubes, onde na ocasião a equipe vascaína venceu de forma invicta. No último jogo da competição contra o River Plate (ARG), o goleiro teve grande atuação, mantendo o placar em 0 a 0 que deu o título ao Vasco. Jogando pela seleção o goleiro conquistou a Copa Roca, de 1945, duas vezes a Copa Rio Branco, nos anos de 1947 e 1950, além da Copa América de 1949. Mas todos esses títulos não foram capazes de livrar Barbosa de uma das maiores injustiças do futebol mundial. Na final da Copa do Mundo de 1950, o Brasil precisava apenas empatar com o Uruguai, mas acabou perdendo por 2 a 1 em pleno Maracanã, com isso Barbosa foi um dos mais criticados, e citado como o principal responsável pela derrota.

 

Em 1962, o arqueiro encerrou sua carreira, atuando pela equipe do Campo Grande. É de suma importância destacar que Barbosa, depois de ter alcançado a importante marca de mais de 400 jogos pelo Gigante da Colina, se tornou um dos jogadores que mais jogaram pelo Vasco.

 

 

AUGUSTO E RAFAGNELLI

De 1947 até 1952, a retaguarda vascaína era muito bem composta por um setor defensivo invejável. Em função do sucesso que alguns jogadores da posição obtiveram, resolvemos criar um tópico à parte para destacar o poder de três representantes dessa linha. De 1945 a meados de 1948, debaixo das balizas estava Barbosa, e no miolo de zaga, os defensores Augusto da Costa e Ramón Roque Rafagnelli. O "trio final" do Vasco nessa época talvez tenha sido um dos melhores daquele período.

 

Em 1948, Rafagnelli, que já estava no Vasco desde 1943, foi negociado ao Bangu. Augusto chegou em 1945, e formou com defensor argentino a dupla titular de zagueiros da equipe. A primeira vez que o trio atuou junto foi em 23 de maio de 1945, amistoso São Paulo 2x2 Vasco, no Pacaembu, e só foi se consolidar de fato, quando Barbosa tornou-se titular absoluto no início de 1946.

 

Os dois jogadores brasileiros, que formavam essa linha, também estiveram representando a seleção nacional na Copa de 1950 onde o Brasil se sagrou vice-campeão mundial. Já Rafagnelli não representou o time de seu país.

Após faturar títulos cariocas de 1945 e 1947, e o Sul-Americano de clubes, em 1948, os remanescentes do trio, Barbosa e Augusto, encerraram os passos dessa magnífica linha defensiva em 52. Os vascaínos ainda conquistaram novamente o título regional daquela temporada.

 

 

BELLINI

De estatura elevada, o zagueiro era marcante em campo pela sua virilidade, seriedade, competência e disciplina em campo. Seus traços de bravura deram origem a uma estátua, que hoje está presente em uma das entradas do Maracanã. Um dos ícones da história da seleção brasileira, Hideraldo Luiz Bellini foi o capitão da seleção de 58 - que também contava com Orlando Peçanha no miolo de zaga – e levantou o caneco da Taça Jules Rimet pela primeira vez para o Brasil. No Vasco, clube no qual jogou e se destacou de 1952 a 1962, o capitão conquistou os campeonatos cariocas de 1952, 1956 e 1958 e o Torneio Rio-São Paulo de 1958.

 

 

BRILHANTE E ITÁLIA

Foi uma sensacional dupla de zagueiros, que ao lado de Jaguaré, formavam um belo grupo de contenção à baliza do Vasco.

Capitão vascaíno em muitas ocasiões e zagueiro titular da seleção na Copa de 1930, esses foram alguns marcos na carreira de Luis Gervazoni, o Itália. O jogador conquistou pelo time da Colina o Campeonato Carioca de 1929, 1934 e 1936. Além de alcançar o caneco da Copa Rio Branco, em 1932, pela seleção brasileira. Teve outro destaque na sua trajetória: foi o primeiro atleta profissional a se aposentar no Brasil.

 

Já Alfredo Brilhante da Costa foi trazido para disputar o campeonato carioca de 1924. Depois de jogar como médio, o jogador se destacou mesmo foi zaga. E de lá não saiu mais. Foi convocado para representar o Brasil na Copa de 1930, sendo titular do time e reeditando a dupla vitoriosa do time campeão carioca de 1929.

 

 

BRITO

Faz parte do grupo dos grandes zagueiros que estiveram no Vasco. Após a saída de Bellini, o então menino Hércules Brito Ruas, que acabara de sair das categorias de base, recebeu sua chance na equipe profissional. Na década de 60, quando o time cruzmaltino se encontrava sem grandes nomes, Brito assumiu esse papel de destaque, sendo capitão do time. Ótimo na marcação e com um vigor físico fora do comum, o xerife da zaga vascaína foi convocado para a seleção do Brasil em 1964. Em sua primeira oportunidade defendendo os brasileiros, Brito disputou a Taça das Nações. Após isso, continuou a ser peça habitual na lista de relacionados para o time brasileiro. O prata da casa, que encerrou seu ciclo no Vasco em 69, permaneceu com vaga praticamente certa na equipe brasileira até 1972. Vale lembrar que o defensor foi titular absoluto na seleção brasileira tricampeã do mundo em 1970, meses após deixar o clube que o projetou.

 

 

CARLOS GERMANO

Carlos Germano Schwambach foi o segundo jogador que mais atuou pelo Vasco. Em 632 partidas o goleiro sempre mostrou muito amor e fidelidade à camisa vascaína. Oriundo das categorias de base do Clube, o arqueiro jogou no time profissional cruzmaltino de 1991 até 1999. O jogador sempre possuiu grande destaque no futebol nacional, e era cotado nas convocações para a seleção brasileira. Em 1997 realizou “milagres” no Campeonato Brasileiro no qual sagrou-se Campeão. Ao longo da competição o goleiro esbanjou elasticidade, técnica e liderança. Isso fez com que o atleta chegasse ao grupo que representou o Brasil na Copa de 1998 da França.

 

 

CHICO

Ponta-esquerda de muita velocidade, valente e detentor de ótima visão de jogo. Francisco Aramburu era dono da camisa 11 do Expresso da Vitória, e teve ótima participação nas conquistas daquele elenco vitorioso. Na seleção, compôs o grupo vascaíno que formava a espinha dorsal da equipe brasileira, na Copa de 1950.

 

 

CORONEL

O lateral-esquerdo teve sua trajetória marcada na Colina no período de 1955 a 1962. Antônio Evanil da Silva se destacava por ser um jogador de raça e virilidade. Em muitas vezes honrou a camisa cruzmaltina em combates pessoais em seu setor. Garrincha, por exemplo, foi um dos craques que Coronel teve que neutralizar. Em 1956, ao lado do saudoso Pinga, conquistou o Carioca. Após mostrar muita eficiência e bom futebol pelo Gigante da Colina ao longo dos anos, na temporada de 1959, o vascaíno disputou o Campeonato Sul-americano pela seleção brasileira. Coronel ficou marcado, acima de tudo, por evidenciar seu amor ao clube de São Januário, se entregando nas partidas e fazendo questão de sempre expor seu sentimento.

 

 

DOMINGOS DA GUIA

Domingo Antônio da Guia iniciou sua carreira no Bangu, teve rápida passagem pelo Vasco em 1932. Foi jogar no Nacional (URU), onde ganhou o apelido de “El Divino Mestre”, no ano seguinte. Porém, no início da temporada posterior, retornou ao Clube da Colina. O zagueiro, considerado o melhor da posição de todos os tempos no futebol brasileiro, conquistou o campeonato carioca de 1934 pelo cruzmaltino.

 

 

EDMUNDO

O atacante fez questão de transparecer seu sentimento vascaíno em todos os seus momentos como jogador de futebol. Sem dúvidas, está entre os seletos ídolos da história do Vasco. Mesmo quando não estava atuando pelo clube da Colina, Edmundo Alves de Souza Neto deixava claro o seu amor pelo time, evidenciando que fazia parte da massa de torcedores cruzmaltinos. Iniciou sua trajetória em 1992, depois de ter se destacado nas categorias de base de São Januário. Logo em seu primeiro ano como profissional foi considerado o melhor jogador do campeonato carioca, após o Vasco ter faturado a competição de forma invicta.

 

Depois de passar por Palmeiras e outros clubes, retornou ao Vasco em 1996, depois de três anos distante. Logo no ano seguinte o jogador foi considerado o melhor do Campeonato Brasileiro. Quebrou o recorde de Reinaldo, ex-atacante do Atlético-MG, e totalizou 29 gols marcados na competição nacional. O histórico vigésimo nono gol surgiu justamente contra o maior rival Flamengo. Se já não bastasse ter sido arrasado por 4 a 1, o rubro-negro ainda ficou marcado no gol de número 29 do artilheiro. Após o título de 97, o atacante se transferiu para a Fiorentina (ITA). Ainda retornou para São Januário em três oportunidades diferentes: em 1999, 2003 e 2008. Sempre demonstrando sua forte ligação com o clube cruzmaltino, o “Animal” sempre morou no coração dos vascaínos.

 

 

ELI, DANILO E JORGE

A linha média mais famosa do futebol brasileiro, envergou a gloriosa camisa cruzmaltina nas conquistas do Expresso da Vitória. Ely do Amparo era um jogador valente, com muito vigor físico e disciplinado. O chamado “Xerife” era um dos grandes líderes do Expresso e da seleção brasileira nos anos 40 e 50. Já Danilo Faria Alvim, que também era chamado de “Príncipe Danilo”, era detentor de técnica ímpar, passes milimétricos e dribles curtos. Enquanto Jorge Dias Sacramento completava essa linha, com muita aplicação tática e afinco, tanto defensivamente como ofensivamente. Jogando junto o trio médio conquistou o Carioca de 1947, 1949/50, e 1952. Além do título histórico do Campeonato Sul-Americano de clubes, em 1948.

 

 

FRIAÇA

O atacante que possuía polivalência, pois atuava em todos os setores ofensivos, também se caracterizava pela agilidade, rapidez e exatidão em suas finalizações. É um dos maiores artilheiros da história do Vasco. Juntando suas três passagens pelo clube, dedicou onze anos de sua carreira ao time de São Januário. Atuou também na seleção brasileira, entre 1947 e 1952, jogando de ponta-direita. Foi vice-campeão mundial em 50 e campeão pan-americano de 52.

 

Depois de entrar em campo pelo Expressinho por três anos - esse era o nome dado ao time misto do Vasco, que realizava amistosos pelo Brasil na época – o craque finalmente atuou no time principal em 1947. Após conquistar o seu espaço na equipe, Albino Friaça Cardoso faturou o Torneio Municipal de 1946 e 1947, o Torneio Relâmpago de 1946, o Campeonato Carioca de 1947, invicto, e o Campeonato Sul-Americano de Clubes de 1948, também invicto. Saiu para o futebol paulista em 1949, e só voltou em 1951. Logo no ano seguinte ao da sua volta, o vascaíno conquistou o campeonato carioca. Após a conquista, teve um breve empréstimo, retornou a Colina em meados 53. Foi com a camisa cruzmaltina que o ídolo encerrou sua carreira na temporada posterior.

 

 

IPOJUCAN

O atacante de 1,90 era habilidoso e criativo. Se utilizando bem das jogadas de efeito sempre, o jogador foi diversas vezes peça importante para gols vascaínos. De 1944 a 1953, Ipojucan Lins de Araújo esbanjava lançamentos inteligentes e passes certeiros. Ajudou intensamente na conquista do campeonato estadual de 1950, dando um passe brilhante para Ademir marcar o gol que garantiu a vitória. Também integrou a seleção brasileira em algumas oportunidades.

 

 

JAGUARÉ

O lendário goleiro esteve no Vasco de 1928 a 1931 e depois, em 1933. Jaguaré Bezerra de Vasconcelos foi estivador no cais do porto, antes de ser levado para um teste em São Januário e conseguir uma vaga no Clube como jogador. O humilde arqueiro acabou com o treino que serviu como avaliação para seu ingresso na Colina. A partir daí o ídolo só cresceu. No mesmo ano, além de entrar para o time vascaíno, também conquistou vaga na seleção brasileira. Em 1929 conquistou o campeonato carioca.

 

O goleiro ficou marcado por jogadas marcantes e folclóricas. Costumava rodar a bola na ponta do indicador após cada defesa, e em muitas das vezes o fazia com uma só mão, inclusive nos pênaltis, segundo alguns historiadores do futebol. Levantava a torcida em São Januário quando realizava uma defesa, e logo após jogava, de surpresa, a bola contra a cabeça do atacante adversário e a agarrava novamente.

 

Depois de ter uma passagem vitoriosa pela Europa, atuando no Barcelona (ESP) e no Olympique (FRA), o atleta que nasceu em 1905, retornou a São Januário. Nessa sua nova passagem Jaguaré começou a usar luvas, o que seria um fato que motivou outros vários jogadores da posição a aderirem à utilização das mesmas no Brasil.

 

 

JUNINHO PERNAMBUCANO

Antônio Augusto Ribeiro Reis Júnior, o Juninho Pernambucano, chegou à Colina em 1995. Logo em seu primeiro ano em São Januário o meio-campo brilhou e chamou a atenção da comissão técnica e torcedores. Especialista em cobranças de falta, o jogador também tinha o passe e o drible como virtudes.

 

Esteve presente em todas as grandes conquistas recentes dos vascaínos. De 1997 até 2000, o meia conquistou vários títulos. Dois títulos que o atleta foi peça decisiva, por exemplo, foram os canecos da Taça Libertadores da América, em 1998 (Juninho fez um gol histórico contra o River Plate no Estádio Monumental de Núñez em Buenos Aires, pelo segundo jogo da semifinal do campeonato) e da Copa Mercosul, em 2000, quando o jogador segurava com bravura a cruz de malta e beijava-a no apito final da partida decisiva contra o Palmeiras (na virada do século, por 4 a 3, em pleno Palestra Itália).

Não é à toa que o apelido de “Reizinho da Colina” foi dado a Juninho. O meio-campo sempre se identificou com o Clube e jogou com raça. Até os dias de hoje, são entoados gritos da torcida que relembram o jogador.

 

 

LEÔNIDAS

O “Homem de Borracha”, como ficou conhecido em virtude de sua flexibilidade, brilhou no Vasco no ano de 1934. O Clube cruzmaltino trouxe Leônidas de volta ao Brasil depois de um período no futebol uruguaio. Neste mesmo ano que foi contratado, o histórico atacante conquistou o campeonato estadual. Convocado para a Copa do Mundo de 34, o artilheiro teve que se desligar como profissional do clube. Isso ocorreu em função da exigência da CBD, que só aceitava atletas amadores.

 

 

MAURO GALVÃO

Chegou ao Vasco já aos 35 anos, mas com ótimo vigor físico, classe e espírito de liderança. O zagueiro e capitão da equipe foi contratado em 1997 e permaneceu no Clube até 2000. Durante esse tempo o lendário defensor levantou canecos com o da Libertadores, em 1998, no Ano do Centenário, do Campeonato Estadual do mesmo ano (onde o zagueiro fez o gol do título nos minutos finais da partida) e do Torneio Rio-SP de 1999. Também esteve presente nas conquistas da Mercosul e do Brasileirão, ambas em 2000.

 

Em 1998, já com 36 anos, Mauro Geraldo Galvão era muito cogitado para ir à Copa do Mundo, pois era o melhor zagueiro brasileiro em atividade. Porém, alegando sua idade, a seleção não o levou para a competição mundial.

 

 

MAZAROPI

Geraldo Pereira de Matos Filho, mais conhecido como Mazaropi, foi um goleiro que fez história no Gigante da Colina. O arqueiro recebeu esse apelido ao chegar com suas roupas simples ao treino, lembrando o famoso humorista da época. O goleiro chegou ao Vasco no ano de 1970 para jogar pelas categorias de base do clube e começou a ficar na reserva de Andrada em 1973. Participou do grupo que foi campeão brasileiro em 1974, em algumas situações o jogador esteve no banco de suplentes. Tornou-se titular com a saída de Andrada em 1975. Dois anos mais tarde voltou a ser campeão, conquistando o título carioca de 1977. Em 1979, o goleiro foi emprestado ao Coritiba por uma temporada, no pouco tempo pelo time paranaense conquistou o campeonato estadual. No ano seguinte retornou ao Vasco, por onde permaneceu até o início de 1983, sendo campeão carioca novamente em 1982.

 

Mazaropi entrou no hall dos recordes como o goleiro que ficou mais tempo sem sofrer gols até hoje. Conseguiu atingir essa marca entre os anos de 1977 e 1978, quando na ocasião permaneceu 1816 minutos sem ver sua rede balançar.

 

 

PASCHOAL

O ponta-direita brilhou no primeiro título do Vasco, na primeira divisão do futebol carioca, em 1923. Sua primeira partida defendendo o Gigante foi contra a Seleção da Marinha, e Paschoal Silva Cinelli marcou o único gol do confronto.  O “Trem de Luxo”, apelido que recebera em função de sua rara velocidade, foi dono da posição no time por dez anos, além de também atuar na seleção carioca e brasileira. Em virtude de uma complicada lesão, o ídolo teve que encerrar sua carreira prematuramente, por volta de 1933.

 

 

PINGA

O atacante marcou época no Vasco no período de 1953 a 1962. Depois de ter seu passe valorizado, em virtude de ótimas atuações na seleção paulista e na Portuguesa de Desportos no ano de 52, e de participar do grupo que se sagrou vice-campeão sul-americano, pela Seleção, o canhoto surgiu em São Januário. Tal transferência foi de grande destaque no Brasil, por seu elevado investimento.

 

Pinga não decepcionou. Logo no início de sua trajetória cruzmaltina, conquistou o Torneio Octagonal Rivadávia Correia Meyer. O jogador marcou os dois gols que deram o título para o elenco vascaíno, na vitória de 2 a 1 sobre o São Paulo. No ano de 1954, Pinga foi à Copa do Mundo da Suíça.

 

Em 1956 o atleta vive uma nova fase. Remanejado pelo técnico do Vasco, Martim Francisco, o canhoto passou a atuar na ponta esquerda. O Vasco neste ano faturou o título carioca, e realizou uma bem-sucedida excursão à Europa, em 57. Por lá os vascaínos conquistaram a Taça Tereza Herrera e o Torneio de Paris. No ano seguinte, o jogador continuou a alcançar títulos nacionais. Ajudou o Vasco a conquista o Campeonato Estadual, sendo artilheiro do time, e o Torneio Rio-São Paulo da mesma temporada. No total, José Lázaro Robles balançou as redes adversárias 250 vezes. Naquela época, era o segundo maior artilheiro da história do Gigante da Colina, ficando atrás de Ademir.

 

 

ROMÁRIO

Revelado nas categorias de base do Vasco, o atacante surgiu no time profissional em 1985 O “Baixinho” teve quatro passagens pelo time de São Januário.  Além dos títulos que conquistou vestindo a camisa cruzmaltina, a história de Romário de Souza Faria ainda tem um ponto especial: o gol mil foi marcado em São Januário no dia 20 de maio de 2007, contra o Sport.

 

Após cruzamento do lateral-direito Thiago Maciel, o zagueiro do time pernambucano, Durval, botou a mão na bola dentro da grande área. Giuliano Bozzano apitou a infração e sinalizou para dentro da área da equipe de Recife. A Colina ficou inflamada com a marcação da penalidade! Todos no estádio sabiam que um fato histórico para o futebol mundial estava para acontecer. Com a classe e frieza já habituais, o baixinho converteu o pênalti, tirando a bola do alcance de Magrão.

 

Nada mais justo com a história do clube e do gênio da grande área, afinal a maioria dos gols do camisa 11 saiu pelo time vascaíno. Foram 324 vezes que Romário balançou a rede adversária atuando pelo Gigante da Colina. Em 1994, participou da conquista da Copa do Mundo pela seleção brasileira e foi escolhido o melhor jogador do mundo pela FIFA. Romário conquistou o Campeonato Carioca de 1987 e 1988, o Brasileiro de 2000 e a Copa Mercosul , do mesmo ano, pelo Gigante da Colina.

 

 

ROBERTO DINAMITE

O jogador que surgiu para o futebol dando fortes chutes para o gol adversário, teve uma bonita trajetória dentro de São Januário e é um dos maiores ídolos do clube até hoje, senão o mais importante deles . Carlos Roberto de Oliveira foi o atleta que mais atuou pelo time de futebol do Vasco. Dinamite fez 644 gols pela equipe profissional do Vasco em 955 jogos.

 

Roberto fez sua primeira como profissional em 1971, com 17 anos, diante da equipe do Bahia. O jogador encerrou seu ciclo no Gigante da Colina aos 39 anos, no ano de 1993, em um confronto amistoso diante do La Coruña (ESP).

Os números do ídolo transparecem por si só o destaque de seus feitos pelo Clube.

 

 

RUSSINHO

O centroavante louro, franzino, esguio e veloz, era jogador de uma classe ímpar. Foi atacante da primeira grande equipe vitoriosa do Vasco. Em 1929, Moacyr Siqueira de Queiroz marcou três gols na final memorável contra o América, que saiu derrotado por 5 a 0. Nesse mesmo campeonato, e no carioca de 1931, Russinho foi artilheiro. Porém, entre essas duas conquistas, em 1930, o atleta alcançou uma vaga na primeira Copa do Mundo, além de ser considerado o melhor jogador do Brasil nessa mesma época, em um concurso promovido por uma marca de cigarros.

 

 

SABARÁ

O incansável ponta-direita defendeu a Cruz de Malta durante doze anos. Era eficiente jogando ofensivamente, ou na parte defensiva. Era do tipo de jogador que se entregava em campo, e que tinha identificação com a torcida vascaína. No período de 1952 até 1964, Onofre Anacleto de Souza entoou gritos que explicitavam sua garra como por exemplo: “Suas mulherzinhas, como é que deixam aquele pequenininho (Babá do Flamengo) cabecear na frente de vocês?”

 

 

TINOCO, FAUSTO E MOLA

A linha média campeã do campeonato carioca de 1929, merece o destaque que possui na história do Vasco. Alfredo Tinoco, Fausto dos Santos e Sebastião Paiva Gomes participaram do título estadual de 1934, e além disso, também conseguiram o feito histórico no clássico entre Vasco e Flamengo: a maior goleada do confronto, que foi 7 a 0 para os cruzmaltinos. Fausto, talvez o jogador mais clássico dessa linha média, também teve grande notoriedade em 1930, quando representou o Brasil com atuações de gala. Em função de seu desempenho nos jogos conquistou o apelido de “Maravilha Negra”. Com liderança dentro de campo, passes longos e controle de bola excelente o médio também fez história na seleção.

 

 

TOSTÃO

Um dos jogadores que formou o trio de ataque da seleção tricampeã mundial em 1970, Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão, esteve no Vasco em 72 e 73. Veio para o elenco vascaíno em uma transação com o Cruzeiro. Na época, foi a maior transação envolvendo clubes brasileiros. O atacante mal pode se apresentar pelo Gigante, por mais que tenha vindo com status de ídolo (viria para afastar uma fase fraca do time), o tricampeão da Copa teve que encerrar sua carreira prematuramente, em 1974, em função de um problema de vista.

 

 

VAVÁ

Com um estilo que aliava técnica à valentia, o atacante fez o gol que deu o título carioca ao Vasco, em 1952. Outro campeonato carioca, dessa vez em 1956, o caneco foi conquistado na penúltima rodada, e o tento decisivo foi novamente de Edwaldo Isídio Neto. Pelo time vascaíno, Vavá ainda conquistou o Torneio Rio-SP de 1958. Nesse mesmo ano, o atacante chegou à seleção brasileira e conquistou a Copa do Mundo, na Suécia. Em 1962, o ídolo também participou efetivamente do bicampeonato mundial.

 

Fonte:crvascodagama